segunda-feira, 4 de maio de 2009

João e o Pé de Batatas

(Olá my dear friends! So, há alguns anos que não postamos aqui, e bem, fora devido há problemas conjugais entre os donos do blog. Anyway, como o Blog está sendo rodado unicamente pelo Marcos - EU! - agora, ele voltou a ativa, e agora de acordo com as novas regras ortográficas!. Vim agora com mais uma obra-prima, o João e o Pé de Batatas *-*. Enjoy ;))

Eram três vezes, um retraído garoto de inteligência pouco iluminada, chamado João, que morava nos reinos de Vayssaber-Honde com sua mãe.

Assim que sua mãe deu o golpe do baú em seu marido (e teve uma desagradável surpresa ao constatar que era pobre) João e sua mãe passaram a morar em uma favela local em uma caixa de papelão, com seu único pertence: Uma doninha.

Após extraírem tanto leite quanto podiam do pobre pseudo-roedor, sua mãe falou:

-Ó honorável filho! Venda este espécime de modo que possamos adquirir dinheiro o suficiente para bancar minhas bebedeir... Aliás, o aluguel de nossa caixa de papelão.

-Mamãe, quantas vezes eu já lhe disse para comprar a telecena? Se você completar o patinete, você ganha um taco de beisebol, se você completar a mansão, você ganha uma caixa de papelão própria, e se você completar o “2010” você ganha uma Juicer Phillips Walita, daqueles que até lava seu carro!

-Ele então pôs rédeas e montou em sua doninha. No caminho para o mercado local, ele foi barrado por Zé Caveira e sua quadrilha, uma espécie de clube de senhores que se reuniam todas as noites para visitar casas aleatórias da região.

-O que traz aí, honorável moleque?

-Só minha honorável doninha, honorável Zé Caveira.

-E o que você honoravelmente estava indo fazer?

-Preciso vendê-lo, mas não acho nenhum honorável homem que a compre!

-Eu tenho alguns honoráveis itens que estou disposto a trocar por seu honorável pseudo-roedor de rabo peludo.

-Algum é comestível?

-Na verdade meu antigo comparç... Amigo, Shoovac-e-Kaypra Baixo costumava chupar os canos das armas. Pobre Shoovak-e-Kaypra... Ainda ontem visitei seu túmulo... Além do mais aquelas munições me parecem apetitosas, mas para todos os efeitos, eu tenho sementes de batata!

-Feito!

[Transição: Completa]

Quando ele voltou para sua casa com seu saco de sementes de batata, sua mãe perguntou:
-E o dinheiro, meu filho? Acabo de entorna... Gastar nossas últimas economias.

-Trouxe estas honoráveis sementes de batata. Podemos passar fome até que cresçam as batatas, não?

-Por que, Deus? Eu lhe fiz algo errado para que eu mereça tamanha honorável desgraça que me veio através da imagem de um filho?

-Mas... Honorável mãe, por favor...

-Vá plantar batatas!!

-Boa ideia!
Ele foi plantar as batatas, ao lado de sua caixa de papelão. Quando ele terminou de plantar as batatas, elas começaram a crescer instantaneamente.
Só que como batata cresce no fundo da terra, ela não criou uma passagem pra uma plataforma voadora onde tinha um castelo ou um gigante, como João esperava (Sim, ele lia contos infantis como qualquer um). Conformado com seu destino, ele voltou para sua casa.

No outro dia, ele acordou-se e olhou pelo buraco de tiro de seu quarto, e notou uma aglomeração faminta em volta de algo.

Ele enturmou-se com a camorra, para notar que eles tentavam tirar a batata da terra, ( (8) Com esta mulher eu vou até pra guerra, SIMBORA!) enquanto um homem bradava, animado:

-Venham, aproximem-se bravos favelados! Quem conseguir tirar esta batata da terra será o rei da Inglaterra e ganhará dois grampeadores por mês durante CINCO ANOS! Oferta imperdível!

“Meu Deus!” pensou João “Eu que preciso tanto de grampeadores...”.

Assim que o nobre homem que tentava colher a batata teve parada cardíaca devido ao seu excessivo esforço, João pegou as folhas da batata, e puxou com toda a sua força.
Para sua surpresa, a batata gigante saiu da terra com facilidade, deixando um grande rombo no chão. Todos aclamaram-no como rei, e esfomeados como estavam, atracaram-se na batata crua não deixando nada para João, que estava mais interessado na cratera sem fundo que a batata deixara. Em um momento de descuido, ele perdeu o equilíbrio, bateu num homem que passava por ali que o jogou contra uma árvore de onde desprenderam maçãs que acertaram sua nuca fazendo-o cair contra uma lata de lixo que rolou com ele contra um elefante que passava por acaso por ali que lhe deu uma trombada e fez com que ele caísse na beira da cratera.

Um amigo seu aproximou-se e disse.

-Puxa, que sorte hein? E se você tivesse caído dentro da cratera?! – E deu uma palmadinha em suas costas.

Mas João não comia há tanto tempo que com a força do tapa caiu dentro da cratera.
Ele já gritava de desespero há meia hora, e já estava sem voz e um tanto entediado quando chegou ao solo.

João finalmente caiu de cara no chão, de uma altura incrivelmente inimaginável, de onde nenhum ser humano sairia vivo, mesmo se ele fosse a Nicole Kidman naquele filme que ela se desprende do Pára-quedas. Mas João é o herói da nossa história, portanto ele sobreviveu milagrosamente.

Ele então olhou pros dois lados, e surpreendeu-se ao não ter notado um gigante sambando no canto do aposento. Tocando sem o aparente manuseio de ninguém, um pandeiro mexia-se freneticamente.

“Hum, se eu tivesse um pandeiro desses... Eu poderia usá-lo como prato! Se bem que eu nunca tenho comida...”

Ele andou sorrateiramente até o pandeiro, e o pegou de repente, saindo correndo desembestado, procurando alguma maneira de subir até a superfície.

- POR QUE EU NÃO OUÇO MAIS MEU SAMBA?

- O senhor faz parte de algum grupo de pagode conhecido?, sinto que já estou preparado para a glória do reconhecimento mundial. Eu até já inventei alguns apelidos, que tal... Arroto, o Pandeiro Maroto? Arremesso, o Pandeiro Travesso? Xaveco, o Pandeiro Traveco? – Perguntava o Pandeiro.

Mas João não lhe deu atenção e enxergou uma ave que cultivava uma plantação de ovos em uma horta perto dali.

-O que você faz aí, pequena galinha?

-Eu cultivo ovos, para que um dia nasçam lindas avezinhas!

-Mas... você os rega?

A Galinha ponderou sobre o comentário, e sussurrou, indignada – Talvez eu quisesse que
nascessem galinhas d’água, e daí?

João ignorou seu comentário, e perguntou – O que você faz além de regar ovos?

-Eu ponho ovos mexidos, seu cantar o abecedário de trás pra frente, recito “batatinha quando nasce” em húngaro, árabe, hebraico e braile, e ainda sei falar! Mas não voo se é isso que deseja saber.

-Droga!

-Mas eu tenho esses dois clips e uma tenda de barraca... Espere um pouco.
A Galinha deu as costas para João, e começou a trabalhar incessantemente, e quando se virou, ela havia construído um mini-planador.
-Para o alto e avante, pequena MacGyver!! – Disse João, segurando o planador e saindo correndo, para pegar impulso.

O gigante que ainda não havia os alcançado, gritou “VOLTEM AQUI”, e com o ar que saiu de seu grito, ele impulsionou o planador para cima, fazendo-os chegar em casa em menos de duas semanas.

Quando eles chegaram à superfície, ele pensou “Como fazer com que o Gigante não saia deste buraco?”

Então, em um surto de inspiração, ele gritou: - COMIDA DE GRAÇA DENTRO DESTE BURACO!

-ÊÊÊÊÊÊÊÊ!! – Gritou a multidão da favela, atirando-se dentro do buraco, em poucos minutos tapando-o.

E João, que fim levou?

Ele ganhou dinheiro vendendo ovos mexidos nos pontos de ónibus. Ele abriu uma pequena loja, e esta loja virou uma empresa, e logo ele tinha filiais nos Estados Unidos. Há rumores que ele havia contratado vacas que produziam bacon, formando ele assim, a maior empresa de café-gorduroso-de-americano-da-manhã da história.

E a Galinha, que fim levou?

Ela é a Vice Diretora das empresas de João, e garota-propaganda da Perdigão por vários anos. Ela fez vários filmes, e escreveu o best seller “Frango Assado”, cujo conteúdo é impróprio para esta história. Em 2008 ela foi eleita a Estrela Animal mais Influente de Hollywood, onde ela superou Lassie e Bethoven.

E o Pandeiro?

Ele virou locutor de rádio e tentou suicídio duas vezes, está envolvido em vários escândalos com drogas e bebidas, atualmente está numa clínica, depois de seu sucesso “Reabiritação”, e está mais rico do que nunca.

E como sempre, it’s always sunny in the fairyland... E todos foram felizes para sempre.